Muitas das vezes, quando chegamos a um ginásio com os nossos filhos e os
queremos inscrever, é-nos dito que só é possível se o treino for acompanhado com
um profissional (PT).
Porque será que nos é imposta esta condição?
Em primeiro lugar, porque em termos legais a lei assim o exige. Em segundo lugar,
porque os jovens e adolescentes estão em fase de crescimento e durante este
período o seu corpo sofre várias alterações que deverão ser tidas em conta quando
se elabora um plano de exercícios para estas faixas etárias, pois estas alterações
influenciam a capacidade física na resposta ao exercício em termos metabólicos,
cardiovasculares, respiratórios, etc…
Assim, e ao contrário do que acontecia há alguns anos em que os jovens e os
adolescentes eram desencorajados a fazer musculação com medo de que se
pudessem lesionar e/ou vissem o seu crescimento interrompido, hoje em dia, a
situação inverteu-se e os jovens começam cada vez mais cedo a praticar esta
actividade sem preocupações com a intensidade dos exercícios e, às vezes, alguns
adolescentes começam a utilizar algumas substâncias ilícitas precocemente
(esteroides anabolizantes).
Outra questão não menos importante é que, como todos sabemos, os aparelhos de
musculação, na sua maioria, foram desenhados para serem utilizados por adultos,
o que leva a que alguns deles sejam praticamente impossíveis de serem utilizados
por jovens e adolescentes de forma segura e eficaz!
Claro que nenhum destes extremos é interessante para a saúde dos nossos filhos,
mas, na minha opinião, considero que a musculação, se realizada corretamente, é
uma actividade muito importante para um crescimento mais saudável das nossas
“crianças”, desde que o façam acompanhadas por um profissional devidamente
certificado, que as oriente e que lhes permita obter os seguintes benefícios:
Aumento da força muscular, que lhes permita melhorar a sua capacidade
funcional e ainda os ajuda a proteger as articulações pelas quais os
músculos trabalhados passam;
Aumento da resistência muscular;
Diminuição das lesões;
Melhoria da performance desportiva nos desportos praticados;
Melhoria da coordenação muscular;
Manutenção ao aumento da flexibilidade;
Melhor controlo postural;
Aumento da densidade mineral óssea;
Melhoria da composição corporal;
Aumento das adaptações bioquímicas como maiores concentrações de
sangue e ácido láctico nos músculos durante e depois do exercício máximo,
aumentando assim as reservas de glicogénio e ATP-PC, assim como
aumentando a actividade das enzimas glicolíticas nos músculos esqueléticos.